Resenha: Por que Tarda o Pleno Avivamento?

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Numa época em que o termo “avivamento” tem sido altamente citado e desgastado no meio da igreja, creio que uma das perguntas mais cabíveis à nossa geração é: Por que tarda o pleno avivamento? Certamente esse questionamento tem sido feito nos corações mais desejosos pelo “mais de Deus”, mas pouco ou quase nada se tem de resposta acerca desse tema.

Parece estranho, mas este livro escrito em 1959, de Leonard Ravenhill, pode nos trazer um norte a respeito desse assunto e de nossas próprias vidas, nos dando ricas instruções de como o ministério cristão, inclusive o acadêmico, pode alcançar níveis mais profundos de relacionamento com Deus e com a Sua vontade. Me aproveitando das palavras de A.W. Tozer citadas no prefácio desse livro posso dizer que após essa leitura ou você irá buscar um lugar silencioso para orar, ou você jogará esse livro longe como se nunca tivesse o lido.

Certamente o que ouvimos do Senhor é um convite para a Sua intimidade, na carta aos Hebreus é nos dito para nos chegarmos com plena confiança no Santo dos Santos pelo sangue de Jesus (Hb 10.19), na epístola de Tiago é apontado para o caráter amoroso de Deus, afirmando para nos chegarmos a Deus e Ele Se chegará a nós (Tg 4.8), e o livro “Por que tarda o pleno avivamento?” também nos remete a essa realidade. Essa leitura com certeza irá nos confrontar quanto à intensidade de nosso comprometimento com a vida cristã, mas principalmente irá nos exortar, trazendo encorajamento para buscarmos um relacionamento mais profundo com o Nosso Senhor.

Não nos restam dúvidas que as palavras de Cristo na cruz: “Está consumado” apontavam para uma real completude de Sua obra. Tudo o que nos é necessário para hoje vivermos inteiramente para Ele já nos foi concedido, entretanto, não raras vezes nos encontramos distraídos com muitas coisas (ainda mais em tempos de provas finais ou TCC) ou tratamos naturalmente aquilo que é espiritual, não seguindo o que nos é dito em I Coríntios 2.13, haja vista que muitas vezes não comparamos as coisas espirituais com as espirituais, nos contentando com o que a sabedoria humana ensina e não buscando as palavras que o Espírito Santo ensina. Toda essa distração e divergência da experiência ministerial atual com o que a Palavra nos conduz deve nos levar ao questionamento: estamos tratando o ministério acadêmico como Cristo gostaria que fosse tratado, ou tratamos como uma “atividade complementar” para o nosso currículo na faculdade?

A busca pela unção do Espírito, o comprometimento com o estudo da Palavra e uma regularidade na vida de oração aparentemente tem se tornado mais raro em nossa geração, e muitas vezes ouvimos que precisamos encontrar novos meios de abordagem para atrair os nossos jovens a Cristo, mas essa leitura nos conduzirá a crer que o que efetivamente precisamos é retornar para a velha expressão do evangelho, aquela que é relatada em Atos, cheia de Espírito e poder, que fazia as trevas tremerem e que era acompanhada por sinais, como listado em Marcos 16. A imoralidade tem ganhado força no mundo, principalmente no meio dos jovens e nas faculdades, cabe a nós nos enchermos do poder que vem do alto e, com ousadia, ganharmos esse terreno para o Senhor, o “ide” de Cristo já nos foi dado, agora precisamos de prontidão em nossas respostas para respondê-lo adequadamente.


Vinícius Amancio é  estudante de Engenharia Elétrica na UDESC – Universidade do Estado de Santa Catarina, e participa do Chi Alpha Joinville

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