Com certeza, A abolição da Homem é um dos livros mais debatidos de C. S. Lewis. Aborda e debate as complexas questões da defesa dos valores morais e universais, como o amor, a caridade e o altruísmo, e revela como a ausência destes princípios afeta diretamente a sociedade.
A obra critica os argumentos relativistas, com uma temática sobre a educação, alertando para os perigos de questionar valores morais objetivos compartilhados por todos, ou arriscar a humanidade a perder a sua própria humanidade. Com uma base sólida e profunda, C.S. Lewis mostrou que a tentativa de abolir a moralidade, em última análise, equivale à abolição do próprio homem.
O livro foi dividido em três capítulos. No primeiro capítulo, começa com uma análise sobre um livro que o Lewis intitula de “livro verde” e que este quer valorizar a ciência, mas é extremamente cético em relação a tudo que é valor ao ser humano, que seriam a moral e a compreensão da verdade. Esse “livro verde” que o Lewis analisa, seria um exemplo prático de uma forte influência do empirismo britânico, e junto com ele, as questões dos valores foi cada vez mais diluída levando a um pensamento relativista.
No decorrer dos outros dois capítulos, Lewis discorda do livro falando que dês dos tempos antigos, com os exemplos de Confúcio, Platão, Aristóteles e até pensadores relativistas, discordam do ponto abordado no livro. O ser humano sempre foi atrás de uma ordem natural das coisas e junto com os valores, porém com o aumento do relativismo abordado no “livro verde”, esses mesmos valores estão se perdendo no tempo. O Lewis aborda exemplos de civilizações que foram construídas com base nessa ordem natural e valores morais, e o “livro verde” nos tira das bases dessas civilizações, e que ele não vai nos levar a uma sabedoria maior, sendo assim, este mesmo livro não cumpre o seu dever didático e quando isso acontece, não está trabalhando para construir homens e sim destruí-los ou transforma-los em anti-homens que não almejam a verdade, o bem e a ordem natural e isso que é a abolição do homem. E é isso que a educação moderna está fazendo. Abolindo a própria noção de homem.
Então nesse contexto da abolição do homem, a restauração da educação passa por nós, de fato, só quando voltarmos a buscar a verdade e a lei natural. Por isso o C. S. Lewis começa com a análise desse livro didático até terminar no quê que é a abolição do homem.
Detalhes do Livro
A abolição do Homem
Autor: C. S. Lewis
Editora: Thomas Nelson Brasil; 1ª edição (2017)
Número de páginas: 128 páginas
Someanny Quesnay Venâncio da Silva é graduanda em Psicologia no Centro Universitário UNIPÊ e em Música pela Universidade Federal da Paraíba(UFPB) membro da Assembleia de Deus em João Pessoa. Atua no ministério estudantil XA Paraíba desde 2018.
