Resenha: O Fruto do Espírito

Capa do livro O Fruto do Espírito

“Mas o fruto do Espírito é amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade,
mansidão e domínio próprio. Contra essas coisas não há lei.” (Gálatas 5:22-23)

 

Você já se perguntou por qual motivo, às vezes, nos referimos ao fruto do Espírito Santo de forma fragmentada, como se Paulo tivesse escrito no plural o que está muito bem posto no singular? Ora, as obras da carne são muitas (Gl. 5:19-21), mas o fruto do Espírito é um só, não importa para qual das nove partes dele você se pegue observando.

Talvez, a nossa recorrente falha em separar as virtudes que compõem o fruto do Espírito seja uma tentativa de escapar do óbvio: uma vez que não manifestamos todas as qualidades desse fruto, somos impelidos a reconhecer que temos frutificado conforme a espécie da carne, não do Espírito. Com uma linguagem simples e sem rodeios, o autor é incisivo ao alertar que não dá para ser um cristão paciente e, ao mesmo, sem amor; ou bondoso, mas sem domínio próprio. Somos árvores que frutificam segundo a carne ou somos árvores que frutificam segundo o Espírito.

Diante disso, você pode estar se perguntando se realmente é possível frutificar no Espírito, dada a nossa natureza pecaminosa que guerreia contra a vontade de Deus. Sem dúvidas, não é algo que conseguimos por esforço próprio, mas somente pela Graça, em conformidade com o que o autor está sempre a nos lembrar: “a vida cristã só é possível no Espírito. Fora dele, nossa vida é como a de qualquer outra pessoa” (pg. 37).

O pastor Israel acredita que o maior impedimento para que cristãos vivam segundo o Espírito Santo é o medo, asseverando que “Se viver é perigoso, como advertia Guimarães Rosa, viver pelo Espírito Santo parece ainda mais perigoso” (pg. 8), pois fazê-lo implica perder o controle da própria vida e não mais saciar os próprios desejos nem fazer o que se quer, mas submeter nossos planos e dias ao surpreendente mover do Espírito Santo, que nos leva para onde lhe apraz, como fez a Felipe (At. 8:36-39). O fato de nos assustarmos diante da liberdade de atuação do Espírito revela nossa resistência em entregarmos o controle da nossa vida a ele, e, também, o pecado da desconfiança em Deus, sinalizado pelo sentimento de medo. “No entanto, o convite do Espírito é viver por ele, deixando que ele produza em nós o seu fruto.” (pg. 8). Roguemos por um coração sensível à sua voz.

De rápida leitura, as oitenta páginas do livro são absorvidas sem dificuldades, todavia, não pense que eu as tenha resumido até aqui, porquanto tratei somente das reflexões iniciais suscitadas pelo autor. Para descobrir o que ele tem a falar especificamente sobre cada virtude que compõe o fruto do Espírito Santo, sugiro que você não postergue a leitura.

 

Detalhes do Livro

O Fruto do Espírito
Autor:
Israel Belo de Azevedo
Editora:
Vida Nova (29 janeiro 2016)
Número de páginas: 85 páginas
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Gabriela Rocha Vital é participante do grupo Chi Alpha no campus UFPB, em João Pessoa/PB.

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